22/08/2023


Geral

“Fui atacado e me defendi”, diz homem que matou cachorro a facadas

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O segurança Alcides Silva, homem que matou um cachorro a facadas em Guarapuava no último sábado (31) disse que agiu em legítima defesa. Segundo ele, o ataque foi por instinto e não lembra quantas facadas foram dadas no animal. “Eu fui atacado pelo cão e me defendi”, afirma o segurança.

Alcides contou que estava em casa e como sua residência não tem portão o cão entrou facilmente. “Quando eu vi ele tava na minha casa. Foi por instinto. Não lembro quantas vezes bati nele”, disse.

Na tarde de ontem (03), o autor e outras pessoas foram ouvidas na 14ª SDP de Guarapuava. De acordo com o delegado chefe Italo Biancardi Neto, o autor das facadas pode ser penalizado. “Ele, se condenado, uma vez que o caso já está no Juizado Especial Criminal, poderá ter que cumprir trabalho voluntário, além de outras penalidades”, destaca o delegado.

O caso ganhou repercussão e foi muito comentado nos últimos dias, principalmente nas redes sociais.

O caso

O cachorro morreu após ser esfaqueado no último sábado (31) em Guarapuava. Testemunhas contam que ele fugiu de uma residência no meio da tarde, assustado com os fogos de artifício que estouravam na região, e se escondeu na garagem da casa de um homem, que o atacou. De acordo com os relatos, o cachorro não tinha raça definida, era dócil e não reagiu.

Foram pelo menos oito facadas, segundo o funcionário do canil municipal, Aldonei Bonfim, que realizou o resgate do cão ainda com vida após receber ligações de moradores. Ele encontrou o animal em um bueiro a cerca de 100 metros da casa do suposto agressor. “Aonde cortou aparecia o pulmão do cachorro”, contou Bonfim. Ele afirmou que parte das pernas, a boca e focinho foram os locais mais atingidos.

O cachorro foi levado ao veterinário, anestesiado, mas não resistiu aos ferimentos. “Não aguentou, ele perdeu muito sangue”, disse Bonfim. Ele suspeita que o cachorro tivesse dono, pois estava com uma coleira e era bem tratado, mas ele não foi localizado.

No total, a veterinária que atendeu o caso, identificou 11 cortes no cachorro.

Bonfim disse que a Sociedade Protetora dos Animais de Guarapuava acionou o agressor na Justiça. “A gente quer fazer alguma coisa para punir. Se ele fez com um animal, pode fazer com um ser humano”, protestou.

Cristina Esteche

Jornalista

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